Após
Os
Vingadores, a Marvel voltou a focar nos filmes solo dos heróis, com
histórias paralelas para dar continuidade ao projeto e preparar o público para
a segunda parte do filme principal. Homem
de Ferro 3 (leia a critica aqui) deu o pontapé inicial nesta nova fase com algumas informações
necessárias, que provavelmente influenciarão no futuro. Thor: O Mundo Sombrio é o lançamento da vez e, sim, é melhor que
primeiro e tão importante para a franquia quanto o desfecho de Tony Stark.
Thor: O Mundo Sombrio começa depois de
os eventos de Os Vingadores. Loki está preso em Asgard, que celebra
as últimas batalhas pela pacificação dos Nove Reinos. A hora de coroar um novo
rei se aproxima, mas uma ameaça ancestral ressurge na forma de Malekith, o rei dos Elfos Negros, uma raça que foi subjugada há 5 mil anos pelo avô de
Thor, Bor, e que se acreditava destruída.
Alan Taylor substitui Kenneth Branagh na direção do longa. Taylor dirigiu alguns episódios da série Game of Thrones, o que ajuda muito na
construção de batalhas e situações épicas. O diretor anterior até que tentou,
mas o novo Thor supera o primeiro em todos os aspectos, a começar pela ótima
exploração de Asgard. Se no primeiro
filme tivemos uma amostra superficial, neste somos levados a fundo ao reino de Odin.
As cenas de ação são excelentes e
muito bem desenvolvidas. Além de tornar os deuses de Asgard mais mortais e
vulneráveis, Taylor utiliza muito bem os efeitos especiais e visuais,
principalmente no embate principal, em que envolve portais entre mundos
diferentes.
Em relação ao roteiro, os diálogos
bem humorados melhoram cada vez mais, porém, não podemos dizer o mesmo do
enredo nada complexo, afinal, estamos falando da Marvel. Tudo é muito didático até demais. No inicio do filme temos
uma introdução em flashback do que
desencadeou uma guerra, contada por Odin, que novamente explica os
acontecimentos no segundo ato, talvez no intuito de relembrar o espectador
preguiçoso ou aquele senhorzinho que chegou atrasado na sala de cinema. Depois
dos inúmeros filmes já lançados, não esperem ver um roteiro bem desenvolvido
como os que a DC tanto preza em
fazer (O que talvez seja a formula do sucesso da Casa das Ideias, a simplicidade).
Se a história em si já é um tanto
quanto rasa, imaginem quando ela tenta parecer humana, mesmo ela sendo mais
equilibrada e moderada que o primeiro. Apesar da relação entre Thor e Jane Foster ter uma certa química, não me agrada nem um pouco a
forma como ela é incluída na trama. Primeiro que nos quadrinhos ela é uma
enfermeira, segundo que, mesmo que toda essa melação entre os dois aconteça nas
HQ’s, nem tudo gira em torno dela. É necessário mais que isso para que o Deus
do Trovão seja, definitivamente, o Deus do Trovão.
Falando em trovão, parece que os
executivos da Marvel se esqueceram que ele não é só um cara com um martelo.
Pouquíssimas vezes ele utiliza um dos principais atributos de seu poder. Onde
estão os raios? O elmo então…deixa pra lá.
Atuações mais do mesmo e o principal objetivo
Chris Hemsworth (Thor) Natalie Portman (Foster),
Anthony Hopkins (Odin) e Stellan
Skarsgård (Selvig) retornam em seus papeis anteriores mas não fazem nada
além do esperado. Como citado acima, a química entre o casal funciona e
convence, mas nenhum desses papéis podem ser considerados complexos. São boas
atuações, nada mais.
O que não pode ser dito para a
atuação do inglês Tom Hiddleston no
papel de Loki. O vilão caiu nas graças dos fãs após Os Vingadores e retorna
ainda melhor neste filme, que com absoluta certeza só aconteceu para determinar
os acontecimentos futuros da franquia. O vilão do filme é só conversa.
Loki rouba a cena em todas as suas
aparições, tanto nas tiradas sarcásticas e bem humoradas, quanto no quesito
história, ele é quem salva a trama, que seria completamente avulsa se não
tivesse sua participação.
Dando continuidade à chamada Fase 2, Thor: O Mundo Sombrio supera o primeiro filme em todos os
elementos, prolonga o reinado da Marvel em relação a filmes de heróis e é
responsável por apontar um futuro muito mais promissor que Homem de Ferro 3. Se a melhora for gradativa conforme os
lançamentos, eu mal vejo a hora de conferir a estreia de Capitão América.
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