Desde Os Infiltrados, Hollywood sente a falta de um bom filme de máfia nos anos 2000, alguns até foram lançados ao longo do tempo, como O Gângster e Inimigos Públicos, porém, nenhum deles conseguiu o mesmo sucesso da película de Scorsese. Seis anos depois, finalmente um filme consegue tomar esse posto, Os Infratores chega para nos fazer reviver o gênero das últimas décadas.
Adaptado do livro The Wettest County in the World, escrito pelo neto de Jack Bondurant, Matt Bondurant, e dirigido por John Hillcoat, o filme retrata a década de 30, em plena lei seca, onde os irmãos Bondurant, Forrest (Tom Hardy) Howard (Jason Clarke), e o caçula ambicioso Jack (Shia LaBeouf), que ainda precisa mostrar seu valor aos irmãos, ganham a vida comercializando e destilando bebidas alcoólicas ilegalmente, até chegada das autoridades, e exigindo uma quantia maior do negócio. Com a recusa dos irmãos, o agente federal Rake (Guy Pierce), decide entrar em guerra e captura-los custe o que custar.
Hillcoat não poupa referências clássicas dos filmes de máfia, entre elas, e a mais explícita, é a violência retratada com perfeição, assim como em O Poderoso Chefão e Os bons companheiros, mesclando a violência realista de época, junto ao glamour que os filmes noir faziam questão de mostrar, relatando o quanto os gângsters acreditavam em suas próprias lendas.
Adaptado do livro The Wettest County in the World, escrito pelo neto de Jack Bondurant, Matt Bondurant, e dirigido por John Hillcoat, o filme retrata a década de 30, em plena lei seca, onde os irmãos Bondurant, Forrest (Tom Hardy) Howard (Jason Clarke), e o caçula ambicioso Jack (Shia LaBeouf), que ainda precisa mostrar seu valor aos irmãos, ganham a vida comercializando e destilando bebidas alcoólicas ilegalmente, até chegada das autoridades, e exigindo uma quantia maior do negócio. Com a recusa dos irmãos, o agente federal Rake (Guy Pierce), decide entrar em guerra e captura-los custe o que custar.
Hillcoat não poupa referências clássicas dos filmes de máfia, entre elas, e a mais explícita, é a violência retratada com perfeição, assim como em O Poderoso Chefão e Os bons companheiros, mesclando a violência realista de época, junto ao glamour que os filmes noir faziam questão de mostrar, relatando o quanto os gângsters acreditavam em suas próprias lendas.
Outro ponto forte, são as subtramas bem desenvolvidas, incluindo dois romances distintos, que dão uma pitada de leveza ao filme, e claro, as aparições fantásticas de Gary Oldman como Pretty Boy Floyd. É incrível como seu personagem ganha destaque em cada cena, e, mesmo que sejam apenas duas, conquista o carinho do público. Definitivamente, nos tempos em que o cinema sofre uma inevitável renovação de atores, Oldman é um dos veteranos com mais destaque.
A relação entre Hardy, Clarke e LaBeouf como irmãos é precisa, não peca em nenhum momento da trama, com destaque para o terceiro, que, apesar de ser um ator irregular, aparenta estar amadurecendo. Quanto ao resto do elenco, não há o que reclamar, Guy Pierce faz muito bem o antagonista com um toque cínico e irônico, nos lembrando um pouco o carismático Coronel Hans Landa, interpretado por Christopher Waltz em Bastardos Inglórios.
O assunto da Lei Seca americana ainda é pouco explorada nas telonas, com destaque para o excelente Os Intocáveis, porém, em uma época onde a indústria cinematográfica sofre um terrível bloqueio de criatividade, nada melhor do que utilizar as fórmulas de velhos clássicos com o intuito de renová-los, e isso, Os Infratores conseguiu, atingindo talvez, junto a pouquíssimos títulos, o posto de clássico dos tempos modernos.
A relação entre Hardy, Clarke e LaBeouf como irmãos é precisa, não peca em nenhum momento da trama, com destaque para o terceiro, que, apesar de ser um ator irregular, aparenta estar amadurecendo. Quanto ao resto do elenco, não há o que reclamar, Guy Pierce faz muito bem o antagonista com um toque cínico e irônico, nos lembrando um pouco o carismático Coronel Hans Landa, interpretado por Christopher Waltz em Bastardos Inglórios.
O assunto da Lei Seca americana ainda é pouco explorada nas telonas, com destaque para o excelente Os Intocáveis, porém, em uma época onde a indústria cinematográfica sofre um terrível bloqueio de criatividade, nada melhor do que utilizar as fórmulas de velhos clássicos com o intuito de renová-los, e isso, Os Infratores conseguiu, atingindo talvez, junto a pouquíssimos títulos, o posto de clássico dos tempos modernos.
Nota:
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