Fernando Meirelles é um diretor brasileiro, que conseguiu sua notoriedade internacional com o filme Cidade de Deus, quatro vezes indicado ao Oscar, e, posteriormente passou a dirigir filmes estrangeiros, nos quais os roteiros eram adaptados de obras como O Jardineiro Fiel e Ensaio Sobre a Cegueira, dos autores Jonh le Carré e José Saramago respectivamente, ambos com criticas divididas, porém, muito bem aclamado pelo público. Infelizmente o que não acontece com seu novo filme.
Novamente, Meirelles vem à frente de um filme no qual seu roteiro é adaptado, desta vez, uma obra de Arthur Schnitzler, produzido pelo roteirista Peter Morgan (A Rainha). A trama passa por cidades como, Viena, Paris, Londres, Bratislava, Rio, Denver e Phoenix e gira em torno dos relacionamentos e conflitos pessoais, interligando cada personagem.
O filme começa com uma garota fotografando seu corpo para uma rede de prostituição, e, a partir daí, a história começa a desenrolar, com a apresentação e ato de cada personagem, e é ai que está o erro. Quando o espectador está se apegando àquela trama, um novo personagem e uma nova história são apresentados a ele, o deixando sem tempo para se aprofundar em cada uma delas, e ao final, mesmo deixando a ótima mensagem de que tudo na vida é cíclico e definido por nossas escolhas, ele nos deixa uma impressão inexpressiva, o que é realmente uma pena, pois todos os personagens e conflitos são dignos de profundidade e identificação.
Até mesmo com elenco de peso como Anthony Hopkins, Ben Foster, Jude Law, Rachel Weisz e a brasileira Maria Flor, 360 não consegue emplacar pelo fato de ter muitos protagonistas e pouco espaço para cada um deles ser bem explorado.
Tinha tudo para superar seus ótimos filmes anteriores, mas desta vez, Fernando Meirelles vai nos deixar esperando um pouco mais para que isso aconteça. E nós vamos esperar ansiosos.
Nota:
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