Quando A Bruxa de Blair foi lançado no ano de 1999, a maioria dos especialistas criticaram o filme, contudo, foi um sucesso de bilheteria, pois se tratava de um filme onde era filmado com câmeras de mão (found footage), mostrando um realismo até então pouco explorado, a partir dai, percebeu-se que filmes desse gênero eram baratos, e a chance de ter um bom retorno de bilheteria eram grandes, então foram feitos vários filmes, como Cloverfield, Atividade Paranormal, REC e suas sequências, entre outros, que tem o intuito de nos fazer acreditar que aquilo realmente aconteceu, e que as fitas foram resgatadas e passadas ao público, algo que na maioria das vezes acontece, e com Apollo 18 não é diferente.
O filme gira em torno da missão cancelada na década de 70, intitulada de Apollo 18, nele, ela realmente aconteceu, e conta a história de três astronautas e quatro dias de missão, as ao chegarem ao destino, os dois ocupantes do módulo lunar e o piloto em órbita começam a experimentar estranhos eventos, que não tardam a passar de estática nos canais de comunicação a ocorrências cada vez mais sinistras.
O filme é tratado com muito realismo porém peca ao decorrer da trama, que se mostra corrido e feito às pressas, com acontecimentos muito rápidos, sem ao menos dar tempo do público conhecer personagem por personagem, e chega a um final um tanto quanto clichê e pouco elaborado. Algo também que alguns podem reclamar é o modo amador exagerado em que se é filmado, mas ele soa perfeito, levando em consideração que o objetivo era mostrar um vídeo teoricamente vazado que foi gravado há cerca de 40 anos atrás. Em contra partida, contém excelentes atuações e com certeza fazem com que o espectador se sinta mesmo como se estivesse lá, junto a tripulação, sentindo o sofrimento e o medo de cada um deles.
Apollo 18 não é o melhor filme do gênero, mas é bom destacar que até agora foi o mais criativo, mostrando que pode se juntar terror com um pouco de ficção cientifica, sem gastar bilhões e bilhões de dólares para isso, é uma forma de dar uma renovada numa formula que apesar de pouco usada, já está desgastada. Afinal, quem nunca quis ser astronauta?
Nota:
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